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Operação para desarticular grupo que explodia caixas eletrônicos prende 20 pessoas no Rio

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O promotor de Justiça Fabiano Gonçalves, do Grupo de Atuação Especial em Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), disse que as investigações da Operação TNT, deflagrada hoje (20) em diversas regiões do estado e em São Paulo, conseguiu desmobilizar uma quadrilha especializada em explodir caixas eletrônicos e roubos a joalherias no Rio. Do total de 33 mandados de prisão e 83 de busca e apreensão, foram efetuadas 20 prisões, além da apreensão de armas e drogas.

De acordo com o Ministério Público, as organizações eram autônomas. Uma das quadrilhas se especializou na explosão dos caixas eletrônicos após receber instruções do Primeiro Comando da Capital (PCC), organização criminosa de São Paulo que tem experiência nesse tipo de crime.

“A partir daí foi possível essa parceria entre criminosos dos dois estados e isso, naturalmente, evidencia uma intenção de expansão territorial não só do lado paulista como da mesma forma a expansão da criminalidade carioca para outros estados”, disse o promotor Fabiano Gonçalves.

Segundo ele, a operação teve como enfoque os crimes patrimoniais e o tráfico de entorpecentes praticados no Rio de Janeiro.

Atuação

Foram cumpridos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em municípios na região Sul Fluminense (Resende, Barra Mansa e Angra dos Reis), na Baixada Fluminense, em Duque de Caxias e Belford Roxo, na cidade do Rio de Janeiro e no estado de São Paulo (na capital e em Cubatão).

As investigações foram iniciadas após dois caixas eletrônicos, instalados dentro de uma montadora de caminhões em Resende, terem sido roubados, com uso de dinamite, em agosto de 2016. Nos meses seguintes, o grupo de assaltantes voltou a estourar mais caixas eletrônicos em Porto Real, Itatiaia, Rio Claro, Valença e Angra dos Reis, além de realizar assaltos a estabelecimentos empresariais.

De acordo com o Ministério Público, os criminosos eram liderados por Julio Cesar, conhecido como “Mineirinho”. Eles agiam de forma violenta, portando armas de grosso calibre, inclusive fuzis, não hesitando em atirar contra policiais. Também contavam com grande estrutura logística, inclusive lanchas para viabilizar a fuga pelo mar em alguns episódios. Nos seis roubos conhecidos aos caixas eletrônicos e estabelecimentos, estima-se que tenham roubado cerca de R$ 2 milhões.

Mineirinho foi preso em Piraí, no centro-sul fluminense, ao longo da investigação que durou cerca de 9 meses. Nesse período também foram apreendidos com as quadrilhas, quatro granadas, uma espingarda, sete pistolas, 14 rádios transmissores, mais de 1,5 kg de maconha e de 1,5 kg de cocaína.