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Joias mais valiosas compradas por Cabral não foram achadas pela PF

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As joias mais caras - segundo o Ministério Público Federal - compradas pelo ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) e a ex-primeira-dama Adriana Ancelmo não foram encontradas no apartamento do casal nas duas operações realizadas pela Lava Jato até agora. O valor das joias foi avaliado pelo Ministério Público Federal.

Entre os exemplares ainda não encontrados estão um brinco com diamantes, que custa R$ 612 mil, e um anel de ouro com rubi, estimado em R$ 600 mil, os dois mais caros da lista. A joia mais valiosa analisada pela PF foi um par de brincos que não foi adquirido em nenhuma das duas lojas mencionadas, em formato de flores com 24 diamantes, avaliado pelos peritos em R$ 240 mil. 

A Polícia Federal concluiu a análise das 124 joias e 13 relógios encontrados no imóvel. O laudo indica que as peças apreendidas valem R$ 4,8 milhões. O valor é menor do que os R$ 6,5 milhões gasto pelo casal em apenas duas joalherias de acordo com denúncia apresentada em dezembro pela procuradoria.

Os dois são acusados de ocultar o patrimônio adquirido com propina por meio da aquisição desses bens em dinheiro vivo. Os valores das peças atribuídos nos laudos levaram em consideração a listagem entregue pelas joalherias ou pesquisa de mercado, em outros casos.

O apartamento do casal foi alvo de mandado de busca e apreensão no dia 17 de novembro, data da deflagração da Operação Calicute, e no dia 6 de dezembro, quando Adriana Ancelmo foi presa. Cabral é acusado de cobrar propina de 5% dos contratos no Estado e sua mulher de ajudá-lo a lavar o dinheiro e ocultá-lo.