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Defesa de Marcinho VP cita Cabral para pedir que traficante deixe presídio federal

Advogados lembram que criminoso nunca afrontou juiz e nem obteve privilégios

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O traficante Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, questionou junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) sua manutenção em presídio de segurança máxima. A defesa usou como argumento a situação do ex-governador Sérgio Cabral, que deixou de ser transferido para um presídio federal por decisão do ministro do STF Gilmar Mendes. As informações são do colunista Lauro Jardim.

Mendes, na ocasião, afirmou que não viu ameaças nas declarações de Cabral para o juiz Marcelo Bretas, em depoimento, e que não havia interesse da segurança pública na transferência, que deve ocorrer apenas em casos excepcionais. 

Os advogados de Marcinho VP afirmam que as renovações dos pedidos de permanência dele em presídios federais, nesse regime já há 11 anos, ultrapassam a medida da excepcionalidade: "Portanto nota-se que o retorno do apenado é a medida legal a ser tomada, assim como o deferido ao paciente Sérgio Cabral." A defesa reforça ainda que Marcinho VP nunca foi acusado de obter privilégios e nem de afrontar uma autoridade judicial.

Dias Toffoli negou o pedido.

"Sérgio Cabral é o maior criminoso do Rio de Janeiro", diz Marcinho VP

Em entrevista ao UOL concedida em outubro no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, Marcinho VP afirmou que  Cabral era o "maior criminoso" do Rio de Janeiro. Ele contou como conheceu o ex-governador, ocasião em que o então candidato à Prefeitura do Rio pediu a ele votos, e afirmou que Cabral era a "maior decepção" que já teve na vida. "A maior organização criminosa do Rio de Janeiro estava instalada dentro do Palácio Guanabara, e Sérgio Cabral Filho era o cacique-mor".

"Veja o caso do ex-governador Sérgio Cabral Filho. Ele tava banindo centenas de presos no Rio de Janeiro, alegando que tava combatendo o crime organizado, mandando meter o pé em porta de barraco em favelas, dizendo que tava pacificando as comunidades, quando na verdade hoje se descobre que a maior organização criminosa do Rio de Janeiro estava instalada dentro do Palácio Guanabara, e Sérgio Cabral Filho era o cacique-mor dessa organização criminosa que levou o Rio de Janeiro à falência."