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Em estudo, FGV aponta necessidade de campanhas permanentes de vacinação contra febre amarela

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Os municípios do Rio de Janeiro, Itaperuna e Petrópolis tiveram, em números absolutos, maior procura pela vacinação de rotina contra a febre amarela entre janeiro e março de 2017, mas uma queda significativa em abril do mesmo ano, indica estudo da FGV DAP. A FGV destaca que a concentração de vacinação no Estado do Rio nos meses de janeiro a março corrobora a necessidade de campanhas permanentes por parte dos municípios, para criar demandas espontâneas da população por imunização.

A pesquisa reforça que o objetivo deve ser ainda contratar agentes de saúde para vacinação da população em áreas rurais, e disponibilizar vacinas direcionadas para a população-alvo, definida pelos agentes públicos municipais de acordo com especificidades do local. 

O estudo destaca que a vacinação de rotina, bloqueio, seletiva, intensificada, especial e de rápida resposta estão entre os mecanismos à disposição do Ministério da Saúde de resposta ao surto epidêmico da febre amarela. A vacinação de rotina, aquela que fica constantemente nos postos de saúde das cidades, contudo, não foi tão procurada pela população da capital fluminense quando se observa os números ponderados pela população. 

O estudo indica que, ponderados pela população, os municípios que mais se destacaram em vacinação foram Itaperuna e Macuco, cidades próximas da faixa fronteiriça ao Estado de Minas Gerais e onde, entre o final de 2016 e o início de 2017, foi identificado um novo surto da doença. Já na capital fluminense, os números de vacinação de rotina não foram significativos, diz a FGV. 

Não há dados referentes à vacinação para o município de Teresópolis em 2017. "Embora os casos confirmados na cidade serrana sejam referentes à janeiro de 2018 a ausência de informações sobre vacinação neste e em outros municípios do estado dificultam o planejamento e ações de políticas públicas", pondera nota da FGV encaminhada à imprensa.

Durante o ano de 2017, foram confirmadas 14 internações no Estado do Rio por febre amarela. Dois casos foram registrados na capital. No entanto, a procura pela vacina permanente, se confrontada com a taxa da população ou pelas doses de bloqueio, não acompanhou o número de internações em cada município. "Embora não exista uma correlação direta entre o número de internações e a busca por vacinação, é importante que os municípios com casos confirmados invistam em campanhas para mobilizar a sua população a procurar pela vacina", diz a Fundação.