CASA

Vamos balançar

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Por IGNEZ FERRAZ

Publicado em 03/07/2021 às 10:15

Alterado em 03/07/2021 às 10:16

O aconchego da cadeira de balanço no modelo assinado por Jean-Marie Massaud para resort divulgação / Dedon

Esta temporada caseira leva a usufruir de varandas, jardins, terreno ao ar livre - quando existem estas possibilidades. O que provocou uma volta às cadeiras de balanço, devidamente adaptadas aos hábitos e espaços atuais.

As cadeiras surgiram no século XVIII na Inglaterra, mas acredita-se que as daybeds - espécie de camas - foram anteriores, com origem no Egito antigo. Durante séculos surgiram reinterpretações socioculturais e de novos formatos para as daybeds.

 

Macaque in the trees
Mies van der Rohe incluiu um modelo de balanço na linha Barcelona (Foto: arquivo)

A mais elegante foi assinada por Mies van der Rohe em 1929 para compor sua linha Barcelona, minimalista e sofisticada.
Porém, eram sempre móveis indoors, retangulares e alongados com um suporte para a cabeça numa das extremidades.

 

Macaque in the trees
Versão das camas flutuantes para uso outdoors (Foto: divulgação / Dedon)

Camas flutuantes curvilíneas
Em 1990, Bobby Dekelser, ex-jogador de futebol do Bayern de Munique, investiu na produção da fibra Dedon - durável, flexível e à prova d’água. Foi a virada para as daybeds serem utilizadas outdoors.
A revolução foi total: eram circulares, práticas (giravam de acordo com a posição do sol), em tecidos, com almofadas macias, além da possibilidade de uso por mais de uma pessoa.
A próxima etapa: por que não balançar este conforto?

 

Macaque in the trees
O aconchego da cadeira de balanço no modelo assinado por Jean-Marie Massaud para resort (Foto: divulgação / Dedon)

Foi pensando no aconchego de uma cadeira de balanço que a Dedon produziu inúmeras peças (com criação de Daniel Pouzet) para um resort nas Filipinas, projetado por Jean-Marie Massaud.
Conhecido como Nestrest, essa estrutura orgânica suspensa, aconchegante e protetora, nos causa a sensação de um abraço gentil. Fred Frety se aliou a Daniel Pouzet para conceber esta peça, perfeita para relaxamento, meditação e conversas amigáveis.

Atualmente, penduradas nas árvores, são conhecidas como Swingrest.
São encontradas também para assistir a filmes em cinema tipo drive in, onde outros materiais são empregados - sempre locais e sustentáveis.

Ninhos

Macaque in the trees
Cadeira-balanço versão da Swingrest circular, sucesso no mobiliário infantil (Foto: divulgação / Dedon)

Esse ícone da Dedon gerou desdobramentos em todos os segmentos do mobiliário, em especial o infantil. Casulos sensoriais, de tecidos coloridos explodiram nos lares, cooperando no controle da ansiedade, estimulando o autocontrole e a calma.

 

Macaque in the trees
Casulo fechado impermeável, ideal para campings (Foto: divulgação / Dedon)

Alguns acampamentos trocaram barracas tradicionais pelos ninhos flutuantes para toda a família, com tecidos apropriados para a chuva e baixas temperaturas, pois podem ser fechados.

Redes para bebês

 

Macaque in the trees
Rede de berço, para recuperar mais rapidamente os bebês em UTI, em um hospital da Bahia (Foto: divulgação)

Quem nunca balançou um bebê na rede para ele dormir? As equipes da UTI Neonatal de um hospital na Bahia começaram a usar redes como berço e descobriram que os bebês se recuperavam mais rapidamente, pelo formato ser mais próximo do útero da mamãe. O acessório virou uma febre e foi transformado em uso residencial.

Camas flutuantes retilíneas

Macaque in the trees
As áreas externas estão adotando as camas retilíneas flutuantes, as floating swing beds (Foto: divulgação / Dedon)

Com a pandemia, o mercado imobiliário se voltou para moradias que apresentassem áreas externas. As pessoas estão fazendo essa opção em detrimento de morarem mais afastadas: afinal, estamos trabalhando em home-office!
As floating swing beds, flutuantes e retangulares estão em alta. Devem ser aproveitadas nas áreas arejadas, para o conforto de um cochilo diurno, sentindo a brisa.