Fachadas coloridas e penetrantes
Várias fachadas de edificações estão recebendo cores - seja para diferenciá-las das construções vizinhas, para distinguir cada pavimento ou apenas para deixá-las mais divertidas. Na Europa e no Oriente este movimento cresce, colorindo prédios residenciais ou empresariais.
A arquiteta francesa Emmanuelle Moureaux é a maior representante deste entusiasmo pelas cores, integrando-as em todos os projetos. Radicada em Tóquio, nunca as incorpora de maneira óbvia: apenas pincela alguns setores, introduzindo elementos lúdicos em meio à sobriedade, utilizando muita assimetria e cores marcantes.
Penetrantes
O conceito contemporâneo nos projetos mundiais arquitetônicos usa as cores Penetrantes. Elas não recobrem a fachada, mas surgem sorrateiras, permeando alguns pontos das construções.
Nas varandas, as cores podem ser diferenciadas em cada unidade, enfatizando teto e todas as paredes, como as cores vibrantes no Spectrum Apartments em Melbourne, na Austrália, projetados por Kavellaris Urban Design.
Outra opção é a cor introduzida em apenas algumas paredes ou apartamentos. Em Grenoble, na França, o ABC - Autonomous Building for Citizens -, projetado por Velode & Pistre, foi pensado com total sustentabilidade e autossuficiência. Matizes solares, do amarelo ao vermelho, aquecem apenas uma parede de cada unidade.
Segundo plano
Corredores e escadas também são metas dos tons vibrantes, elementos recuados em relação ao primeiro plano das fachadas, criando curiosos pontos de vista. Um exemplo é a fachada metálica do átrio da Faculdade de Ciências da Sorbonne: o projeto do coletivo Périphériques nos surpreende com uma paleta de cores picantes como rosa chiclete e amarelo cítrico diferenciada por pavimento.
O arquiteto e fotógrafo alemão Paul Els acrescentou amarelo na escada interna de um edifício de concreto em Berlim, contrastando com a arquitetura austera Ele é um dos maiores defensores desse diálogo, que considera brincalhão e musical.