CINEMA

Festival de Cinema de Gramado anuncia Marcos Palmeira como principal homenageado

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Por MYRNA SILVEIRA BRANDÃO
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Publicado em 13/07/2022 às 10:08

Atriz Dira Paes e Marcos Palmeira; ele será homenageado na 50ª edição do Festival de Gramado com o Troféu Oscarito Foto: Roberto Filho/divulgação

Após duas edições online, Gramado realizará sua edição 2022 presencialmente na Serra Gaúcha, de 12 a 20 de agosto. O evento, que faz parte da história do cinema brasileiro, chega ao cinquentenário mantendo a tradição de ser o mais antigo festival de cinema ininterrupto do Brasil.

Em um encontro no Rio na noite dessa terça feira (12), os organizadores anunciaram que o ator Marcos Palmeira é o homenageado desta edição com o recebimento do troféu Oscarito, a mais tradicional honraria do festival.

Foram também divulgados os cinco títulos que compõem a mostra competitiva de longas-metragens documentais, inaugurada nesta edição: “Ademã – A vida e as notas de Ibrahim Sued”, de Isabel Sued Perrin e Paulo Henrique Fontenelle; “Um par para chamar de meu”, de Kelly Spinelli; “Elton Medeiros – O sol nascerá”, de Pedro Murad; “O destino está na origem”, de Pedro de Castro Guimarães; e “Eu nativo”, de Ulisses Rocha.

Os filmes serão exibidos exclusivamente na tela do Canal Brasil e Globoplay. O vencedor terá transmissão ao vivo na cerimônia de premiação.

O encontro no Rio teve a presença do vice-prefeito de Gramado e presidente do conselho da Gramadotur, Luia Barbacovi, a presidente da Gramadotur e Secretária de Turismo, Rosa Helena Volk, a curadora Dira Paes, realizadores, produtores, atores e jornalistas.

Conforme anunciado anteriormente, dos filmes inscritos, as curadorias e comissões de seleção selecionaram sete longas-metragens brasileiros, sete longas-metragens estrangeiros, cinco longas-metragens gaúchos, 14 curtas-metragens Bbrasileiros e 17 curtas-metragens gaúchos.

É uma programação abrangente que privilegia a diversidade e o ineditismo. Entre os brasileiros, há filmes de todas as regiões do Brasil e que abordam questões pertinentes ao período político e social do país.

A diversidade também está presente na seleção estrangeira que, nesta edição, conta com filmes da América do Sul, do Norte e Europa.

Entre os mais aguardados da competição de longas ficcionais estão: “A mãe”, de Cristiano Burlan, no qual Marcélia Cartaxo interpreta uma mulher tentando descobrir a verdade por trás da morte do filho adolescente; “A porta ao lado”, de Julia Rezende, comédia sobre um casal com um casamento estável que vai morar perto de outro mais liberal e que vive um relacionamento aberto; e “Marte um”, que terá première nacional no festival. O filme foi lançado em janeiro no Festival de Sundance, onde concorreu ao prêmio da Mostra Cinema Mundial. A história segue a família Martins que busca realizar seus sonhos num país que acaba de eleger como presidente um homem que representa o contrário de tudo que eles são. Após a participação em Gramado, “Marte um” estreia nos cinemas em todo o Brasil em 25 de agosto.

Das mais de mil inscrições entre longas e curtas, foram escolhidas 55 produções para o evento que homenageará também o diretor Joel Zito Araújo com a concessão do troféu Eduardo Abelin.

 

Marcos Palmeira, ator, empresário e ambientalista

Nascido no Rio de Janeiro em 19 de agosto de 1963, a estreia no cinema foi aos cinco anos de idade, com uma participação em “Copacabana me aterra”, curta-metragem de Artur da Távola. Já atuou em mais de 40 filmes, entre eles, mais de 30 longas-metragens e também documentários e curtas. No ar como José Leôncio da novela Pantanal, foi premiado com dois Kikitos de Ouro: melhor ator coadjuvante por “Barrela-Escola de Crimes” (1990), de Marco Cury; e melhor ator por “Dedé Mamata (1988), de Rodolfo Brandão. Em Brasília, ganhou o Troféu Candango em “Anahy de las misiones” (1997), de Sérgio Silva. Em 2011, ganhou o prêmio de melhor ator no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro no papel título de “Boca de ouro”, de Daniel Filho. Palmeira é também referência como ambientalista, defendendo alimentação orgânica aliada à preservação dos ecossistemas naturais, através do trabalho que desenvolve na fazenda Vale das Palmeiras, onde cultiva hortaliças e produz laticínios livres de agrotóxicos.

 

Principais títulos selecionados 


Longas-metragens de ficção brasileiros

“Marte um”, de Gabriel Martins (MG)
“A mãe”, de Cristino Burlan (SP)
“A porta ao lado”, de Julia Rezende (RJ)
“Noites alienígenas”, de Sérgio Carvalho (Acre)
“O clube dos anjos”, de Angelo Defanti (RJ)
“O pastor e o guerrilheiro”, de José Eduardo Belmonte (DF)
“Tinnitus”, de Gregório Graziosi (SP)

 


Longas-metragens documentais brasileiros

“Ademã – A vida e as notas de Ibrahim Sued”, de Isabel Sued Perrin e Paulo Henrique Fontenelle
“Um par para chamar de meu”, de Kelly Spinelli
“Elton Medeiros – O sol nascerá”, de Pedro Murad
“O destino está na origem”, de Pedro de Castro Guimarães
“Eu nativo”, de Ulisses Rocha

 


Longas-metragens Estrangeiros

“9”, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca (Uruguai, Argentina)
“Cuando oscurece”, de Néstor Mazzini (Argentina, Uruguai)
“El camino de sol”, de Claudia Sainte-Luce (México)
“Inmersión”, de Nicolas Postiglione (Chile, México)
“La boda de Rosa”, de Iciar Bollain (Espanha, França)
“La pampa”, de Dorian Fernández Moris (Peru, Chile, Espanha)
“O último animal”, de Leonel Vieira (Portugal-Brasil)

 


Curtas-Metragens Brasileiros

“Benzedeira”, de Pedro Olaia e San Marcelo (Pará)
“Deus não deixa”, de Marçal Vianna (Rio de Janeiro)
“Fantasma neon”, de Leonardo Martinelli (Rio de Janeiro)
“Imã de geladeira”, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo (Sergipe)
“Mas eu não sou alguém”, de Gabriel Duarte e Daniel Eduardo (São Paulo)
“O elemento tinta”, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles (São Paulo)
“O fim da imagem”, de Gil Baroni (Paraná)
“O pato”, de Antônio Galdino (Paraíba)
“Serrão”, de Marcelo Lin (Minas Gerais)
“Socorro”, de Susanna Lira (Pará)
“Último domingo”, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (Rio de Janeiro)
“Um tempo pra mim”, de Paola Mallmann (Rio Grande do Sul)
“Solitude”, de Tami Martins e Aron Miranda (Amapá)
“Tekoha”, de Carlos Adriano (São Paulo)

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