Viagem, um sonho ainda cheio de dúvidas, se vamos de ônibus, de avião, será que o passageiro do lado vai usar máscara durante as muitas horas de viagem? Pelo menos na moda há esperanças de sair de casa para o mundo, já que a coleção BG Voyage lembra exatamente isto: o que guardar nas malas?
Com a plateia lotada na Cada das Palmeiras, a maioria das convidadas (sem máscara) usando os vestidos longos típicos da marca Bianca Gibbon, a coleção mostrou que há sempre um cantinho da bagagem para um toque de luxo.

O desfile curto condensou as boas ideias. Primeiro, a volta do terninho, a alfaiataria feminina com grandes botões prateados e opção de pantalonas ou calças justas. A própria Bianca vestiu um branco, de calças retas. Vermelho é uma escolha, em linho. Em roxo, um vestido com decote desenhado. O branco está nos dois vestidos ótimos, ambos curtos, acima dos joelhos: sem mangas, com barra de pluminhas ou de mangas longas, botões prata e barra franzida de leve, como um babado. Os macacões e os longos, eternos hits da marca, podem ser de laise, ter alças amarradas, ser tomara-que-caia – a novidade está nos tons de verde militar e nos roxos, que quebram o lado clássico.

Se a viagem inclui festas e encontros sociais, a proposta tem o brilho do lurex. E o look com mais cara de viagem tem um toque de Burberry no trench coat xadrez.

Nos acessórios, botas de cano longo e salto alto ou sapatos com broches de strass na gáspea. Brincos cascateantes, também de strass (poderiam ser de brilhantes, correndo o risco de ficarem guardados nos cofres do quarto do hotel). Na beleza, rabos-de-cavalo, outra solução coerente com o tema Voyage.

Aliás, como a própria Bianca estava viajando durante a etapa de criação, quem assina a coleção é o talentoso Felipe Dornelles. No final, a modelo e amiga Georgia Wortman fechou o desfile, com o fourreau longo preto.