Você sabe qual é a função das proteínas e do mTOR?

DR. WILSON RONDÓ JR.

Ainda hoje existe uma confusão muito grande com relação à ingestão adequada de proteínas. E muito dessa confusão vem do mTOR (mammalian target of rapamycin).

O que acontece é que se você ingere muita proteína, consequentemente aumenta a predisposição de câncer e do envelhecimento e, do caso contrário, se você ingerir pouca proteína, você estará induzindo a autofagia – um processo de limpeza de estrutura celulares que já estão mais desgastadas.

E a resposta para essa equação sobre o equilíbrio do consumo de proteínas está na sua idade. Ou seja, quando se é jovem, é preciso ativar o crescimento dos músculos. Por outro lado, à medida em que se envelhece, é preciso evitar a sacopenia, que é a perda muscular devastadora e principal causadora do envelhecimento acelerado.

Mesmo com essas diferenças, existe um denominador comum para o consumo de proteínas. O aporte proteico indicado como referência, independentemente da idade, é de dois gramas de proteína por quilo de massa corporal magra.

Nesse sentido, os nutrientes que ativam o mTOR são: aminoácidos; BCAA, glutamina; vitaminas; metil folato e vitamina B12.

Já os nutrientes que inibem o mTOR são: curcumina; fisetina; EGCG (epigalocatequina galate); e polifenóis, como a quercetina e o resveratrol.

Jejum intermitente e mTOR

Diante do exposto, a conclusão à qual chegamos é que a melhor estratégia para que haja benefícios dos estímulos e inibição do mTOR é a alternância de períodos de jejum e de ingesta adequada de proteínas.

Assim, é aconselhável – e mais prático – e que você opte pelo jejum de 16 a 18 horas por dia. Ele permite que seu corpo esgote os estoques de glicogênio no fígado em maior grau e suprima o mTOR, ativando melhor a autofagia.

Uma coisa que que você precisa saber sobre o jejum intermitente é que você notará mudanças, especialmente, no hormônio do crescimento (hgH), a insulina e cortisol.

Neste caso, inicialmente haverá a supressão do hgH com o jejum intermitente, no entanto, quando a vontade de comer passar, haverá aumento de até três vezes da sua liberação, o que é excelente para se conseguir ganhar massa muscular.

Haverá mudança também no hormônio do estresse – o cortisol. Isso fará com que você fique mais fortalecido e saudável, mas também poderá te levar a realizar algumas mudanças na duração do jejum.

É importante que você não perca da mente que o mTOR é o nutriente sensor que aumenta com o consumo de proteína enquanto a insulina é o sensor para carboidratos. Por isso, durante o jejum intermitente, a fase de alimentação deve enfatizar o consumo de proteínas e não de carboidratos. Se fizer o contrário, você não vai alcançar os resultados saudáveis que deseja. Ok?!

Supersaúde!

Referências bibliográficas:

BMJ Case Reports 2018; doi:10.1136/bcr-2017-221854

The Complete Guide to Fasting, Jason Fung

Dr. Wilson Rondó Jr.

CRM RJ 52-0110159-5

Cirurgião Vascular de formação e Nutrólogo

Registro nº 058357

 

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