JUSTIÇA

Barroso diz que manifestações do 7 de setembro podem mostrar 'o tamanho do fascismo no Brasil'

Para ministro, se manifestações no dia forem de apoio a um candidato não será problema, mas se for contra instituições como o Supremo Tribunal Federal, mostrará o tamanho do sentimento antidemocrático brasileiro

Por JRNAL DO BRASIL

Publicado em 05/08/2022 às 18:08

Alterado em 05/08/2022 às 18:08

Luís Roberto Barroso Fernando Frazão

Durante uma palestra no 17º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo em São Paulo, nesta sexta-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso declarou que não se  deve ter preocupação com a manifestação de 7 de setembro se ela servir de apoio a um candidato, mas que pode mostrar "o tamanho do fascismo no Brasil".

"O 7 de Setembro, se forem os apoiadores de um dos candidatos [mostrando suporte], faz parte da democracia. E devemos olhar isso com todo o respeito. Agora, se for o episódio para fechamento do Supremo ou do Congresso, aí vamos saber mesmo o tamanho do fascismo e do sentimento antidemocrático no Brasil", disse Barroso. 

O ministro ainda afirmou ser necessário separar apoio aos candidatos, que chamou de "liberdade democrática", dos ataques às instituições.

"Uma coisa é a liberdade de apoiar qualquer candidato, a outra coisa é querer destruir as instituições. Apoiar um candidato é liberdade democrática. Agora, destruir as instituições é fascismo, um sentimento antidemocrático. E isso precisa ser reprimido", complementou. 

Barroso também comemorou o dado divulgado na semana passada pelo Instituto Datafolha que mostrou que 79% dos brasileiros confiam nas urnas eletrônicas usadas nas eleições, conforme noticiado. Em maio, o percentual era de 73%. Barroso disse esperar que os 20% que não acreditam "sejam convertidos".

"Depois de mais de um ano de ataques diários do presidente da República e de setores importantes da sociedade levantando suspeitas, só 20% não confiam. Eu fico feliz", comentou. (com agência Sputnik Brasil)

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