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'El País': A vida de sultão de Eduardo Cunha

Nova denúncia sobre ocultação de 5 milhões em propina em conta na Suíça expõe vida de luxo

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Matéria publicada neste sábado (7) no jornal espanhol El País, comenta que conforme a Operação Lava Jato vasculha as contas do presidente da Câmara afastado de seu cargo, Eduardo Cunha, mais fica claro que se trata de um homem com um padrão de vida milionário e muito acima das possibilidades de um deputado comum. 

Segundo El País, a mais recente denúncia contra Cunha, traz uma radiografia das caríssimas preferências do peemedebista nas suas viagens internacionais com a família. No documento, onde Cunha é acusado de receber mais de cinco milhões de reais em propinas por viabilizar a compra de um campo de petróleo na África pela Petrobras, afirma-se que os extratos das contas secretas na Suíça de Cunha demonstram “despesas completamente incompatíveis como os rendimentos lícitos declarados do denunciado e seus familiares”. De acordo com o procurador Rodrigo Janot, tais despesas foram pagas com o dinheiro desviado da estatal.

Entre os gastos do deputado afastado Eduardo Cunha, o jornal espanhol El Pais, destaca uma viagem a Miami de nove dias com a família no Réveillon de 2013. Entre 28 de dezembro e 5 de janeiro, Cunha gastou 42.258 dólares, cerca de 84.000 reais na época, e 169.500 reais na cotação atual. O salário de Cunha em 2012 era, segundo ele mesmo declarou, de 17.794 reais por mês. Naquelas férias só em hospedagem há uma fatura de mais de 23.000 dólares. Destacam-se também os almoços e jantares em restaurantes de luxo cujas contas superaram os 6.000 reais. Um dos jantares em Miami Beach em 28 de dezembro, em um restaurante de comida asiática, foi acima de 1.000 dólares. No dia seguinte, o congressista foi às compras e desembolsou 2.327 dólares na loja Saks Fifth Avenue que vende artigos de grifes como Fendi, Valentino ou Yves Saint Lauren e 3.803 dólares na loja de grife Salvatore Ferragamo. Os dias de compras foram um plano recorrente durante essa viagem e repetiram-se despesas na Giorgio Armani (1.595 dólares) e na  Ermenegildo Zegna (3.531 dólares).

O jornal acrescenta que a lista de cinco páginas de despesas anexadas à denúncia parece não terminar nunca: 5.400 dólares na loja de Chanel em Nova York em setembro de 2013; 730 dólares em um bar de Veneza em março de 2014; ou quase 6.000 dólares para se hospedar em um hotel em Dubai em abril de 2014.

Para finalizar, o diário espanhol El País, diz que Janot afirma que as despesas, “pagas com dinheiro proveniente de desvios da Petrobras”, continuaram mesmo após a eleição de Eduardo Cunha como presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2015. Só nesse mês, os extratos de Cunha somam 31.800 dólares.

Para ler matéria na íntegra, clique aqui:

https://internacional.elpais.com/internacional/2016/03/06/actualidad/1457297952_816852.html