Aos 96 anos, morre a ex-deputada Sandra Cavalcanti

REGISTRO JB

agenda do Poder: A ex-deputada estadual Sandra Cavalcanti morreu nesta sexta-feira (11), vítima de parada cardíaca, em casa, aos 96 anos de idade, informou a Alerj. O velório e o sepultamento serão realizados neste sábado (12), no cemitério São João Batista, em Botafogo.

Em 1960, Sandra elegeu-se deputada estadual com 14.513 votos, pela UDN, no estado da Guanabara, e obteve na época apoio da escritora Raquel de Queiroz. Como deputada udenista, ele era a porta-voz do jornalista Carlos Lacerda, que havia sido eleito governador (1960-1965).

Convidada, em 1961, pelo presidente Jânio Quadros para ser a Embaixatriz do Brasil na UNESCO, Sandra Cavalcanti declinou do convite e defendeu o fim dos carros oficiais e o direito de os homens serem professores primários.

Como secretária de Serviços Sociais da Guanabara, em 1964, ela participou da remoção de favelas que viraram conjuntos habitacionais, como, por exemplo, a Cidade de Deus, Vila Kennedy e Vila Aliança. Como presidente do Banco Nacional de Habitação (BNH), Sandra foi incentivadora das cooperativas habitacionais.

Em 1974, elegeu-se novamente deputada estadual, sendo a mais votada do seu partido (Arena), com 34.516 votos, à Assembleia Constituinte Estadual na nova unidade da Federação. Posteriormente, defendeu a criação do Ministério para Assuntos Femininos.

Ela também exerceu mandato como deputada federal constituinte, tendo sido a segunda mais votada do estado. Em 1995, assumiu a Secretaria Extraordinária de Projetos Especiais da Prefeitura do Rio de Janeiro, cujo titular era César Maia, tornando-se membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social. Dois anos depois, com Luiz Paulo Conde à frente da prefeitura, Sandra coordenou a visita do Papa João Paulo II à cidade.

Sandra Cavalcanti foi também diretora de um Jornal na TV Tupi, teve participação no corpo de jurados do “Programa de TV Flávio Cavalcanti”, e estrelou o programa Manchete Shopping Show, na TV Manchete. Era botafoguense convicta e não deixou herdeiros diretos.

“A lembrança que fica da história da Sandra Cavalcante é de uma parlamentar altiva, convicta das suas ideias, combativa e defensora das causas sociais. Certamente, ela deixou um relevante legado na história política do nosso estado e do Brasil. Foi uma brilhante deputada no período em que exerceu mandato na Assembleia”, comentou o presidente da Alerj, deputado André Ceciliano.

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