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Não há mais espaço para pensar o público como de ninguém

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É cada vez mais necessária e urgente a organização e a mobilização em torno de agendas comuns. 

O controle social é neste momento uma das nossas mais potentes armas para mostrar que apesar das dificuldades, estamos resistindo. 

Pensar no montante destinado à época das obras do Programa de Aceleração do Crescimento para saneamento na Rocinha, sua não efetivação por exemplo, e a insistência para que se implantasse o teleférico, indo totalmente de encontro às reais necessidades da comunidade e, por outro lado, ver como a organização dos moradores e moradoras impediu a implementação do famigerado teleférico, que só serviria para gastar dinheiro público nos confirma isso. 

Temos que exigir respeito ao dinheiro público e estar atentos na sua destinação. Não há mais espaço para permitirmos que o público seja tratado como de ninguém. O público é de todos e todas nós, e afirmar isso é urgente e mais do que isso, é um ato político.

*Mônica Francisco é pesquisadora e consultora na ONG Asplande