O fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros)
conseguiu nesta quinta-feira ( 30/7) ter seu balanço financeiro de 2014
aprovado, depois de ter as contas rejeitadas pelo conselho fiscal na semana
passada. O conselho de administração, em
reunião extraordinária, sancionou o resultado, que corresponde a um déficit
acumulado de R$ 6,2 bilhões. O voto de minerva foi do presidente do órgão, Antonio
Sérgio Oliveira Santana.
A rejeição do balanço da fundação teria efeito em cascata sobre a Petrobras, que também se veria obrigada a revisar seu balanço do ano passado.
O presidente da Petros, Henrique Jäger, em entrevista ao Estado de S. Paulo, garantiu que, apesar do resultado negativo em 2014, o segundo consecutivo, as contas da fundação permanecem saudáveis. O executivo admite que será um "grande desafio" trazer o balanço para azul este ano de crise. A estratégia será pisar no freio e adotar uma linha mais conservadora nos investimentos, com ampliação da fatia aplicada em títulos públicos. Os investimentos em renda variável, atualmente em 53% do patrimônio, vão caminhar para baixo de 50% ao longo dos próximos cinco anos.
Dois fatores contribuíram para o fraco desempenho do ano
passado: a redução de R$ 1,1 bilhão no
valor de contabilização da fatia da Petros na Vale devido à queda livre no
preço do minério de ferro; e o reajuste dos benefícios de aposentados e
pensionistas do Plano Petros Sistema Petrobras (PPSP) referente aos anos de
2004, 2005 e 2006 estabelecido no acordo coletivo de trabalho da estatal, que contribuiu
com R$ 2,9 bilhões no déficit.
*Com informações do Estado de S. Paulo