A queda dos preços das commodities nesta terça-feira (22) vem puxando o valor das bolsas americanas para baixo. Às 14h51, horário de Brasília, o índice S&P 500 caía 1,76%, aos 1.932,40. O Dow Jones também sofria desvalorização de 1,58%, aos 16.250,00. Com queda mais acentuada, o Nasdaq perdia 2,15%, aos 4.725,4.
Às 13h55, o barril de WTI perdia 2,83%, cotado a US$ 45,63. "Até a demanda chinesa e as moedas dos mercados emergentes encontrarem um chão, permanecerá difícil colocar um piso absoluto no preço das commodities", afirmou o banco Credit Suisse em nota. No fechamento em Londres, as ações da mineradora Glencore caíram 10,63%.
Devido ao enfraquecimento da China, a agência Moody's afirmou que as mineradoras devem sofrer maior impacto que qualquer outro setor na Europa, Oriente Médio e África. Analistas afirmam que ainda há incerteza em relação aos juros nos EUA, agravando a volatilidade no mercado de ações.
Após o escândalo envolvendo a Volkswagen, ações das montadoras de automóveis também aprofundam as perdas nas bolsas. A montadora alemã admitiu no domingo (20) ter enganando a agência dos EUA responsável pela proteção ambiental (EPA, sigla em Inglês), para instalar em vários modelos a diesel um programa de computador concebido para evitar os limites para as emissões de gases poluentes.
Ações da Fiat perdiam 5,6% no mercado americano, enquanto Ford e General Motors caiam 2,5%.
Outro fator de desvalorização dos índices de ações americanos é o setor de biotecnologia do país, que registra perdas pelo segundo dia consecutivo após a pré-candidata democrata à presidência dos EUA Hillary Clinton anunciar um plano para acabar com "manipulação de preços" de alguns medicamentos.
O índice Nasdaq Biotecnologia caia 2,4%, após fechar com perdas de 4,4% na segunda-feira (21).