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População espera resposta contundente da Justiça sobre Sérgio Cabral

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A juíza Priscila Fernandes Miranda Botelho da Ponte, em exercício na 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital, decretou o bloqueio de até R$ 3,1 bilhões dos bens de Sergio Cabral, Julio Lopes, Luiz Carlos Velloso e companhia com base nas investigações sobre fraudes no contrato de implantação da Linha 4 do metrô.

Não pode ser verdade, porque se for verdade, vamos fazer algumas considerações: se a Justiça determinou o bloqueio de até R$ 3 bilhões em bens, significa que esses ladrões têm muito mais que isso em suas contas bancárias. Se apenas nas obras do metrô a estimativa de fraude é de R$ 3,1 bilhões, imaginem o que será todo o resto.

O país não quer apenas continuar a assistir ao noticiário para se informar sobre o rombo provocado por Sérgio Cabral e sua quadrilha no Estado do Rio de Janeiro. O que o país espera é que a Justiça, com base em tantas evidências e em infinitas fraudes, decrete uma prisão definitiva, com pena proporcional a todos os crimes praticados. A Justiça precisa agir antes que o povo o faça por sua própria conta.

Não pode e não deve ser normal que milhões de trabalhadores que perderam seus empregos graças ao rombo produzido pelos roubos de Sérgio Cabral e sua quadrilha se somem aos 13 milhões de desempregados do país, sem considerar os outros 5 milhões que desistiram de buscar emprego, segundo dados recentes do IBGE.

Não é normal que se aceite uma criança desnutrida e doente por falta de comida, um pai que se mata porque não tem mais o que colocar na mesa para os seus filhos, um jovem que se prostitui porque perdeu seu emprego, familiares que se separam porque a crise econômica decorrente de tanta roubalheira os atingiu. Nada disso é normal.

A notícia sobre o bloqueio de bens é uma bomba atômica sobre o país, um míssil. Por isso, o povo não tem mais o direito de ler, ouvir e ver apenas essas notícias. Um povo não pode continuar consciente de que esse delinquente possui um apartamento de 16 metros quadrados enquanto sabe qual é o tratamento dispensado a um ladrão de galinhas ou um ladrão de um aparelho celular.

Não se pede privilégios a quem pratica quaisquer tipos de crimes, mas não se pode admitir que os fabricantes da delinquência nas altas esferas sejam considerados ladrões de galinhas, porque não o são. Praticaram delitos gravíssimos.

Esses senhores envolvidos em desvios de vultosos recursos públicos e que receberam títulos públicos pelo voto ingênuo que a população lhes deu deveriam não apenas perder essas qualificações de cargo. A Justiça deveria dar a eles uma qualificação que antecedesse seus nomes próprios: Criminoso Sérgio Cabral. Assim, a população passaria a saber com que tipos estão lidando.