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A triste realidade de um policial candidato permanente à morte

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O mundo reage à infeliz notícia de morte de uma turista espanhola que estava indo visitar a Rocinha em um momento de conflagração. É justamente este o momento em que jornais do mundo inteiro – principalmente os de seu país – fazem observações pejorativas e com desdém acerca daquela comunidade.

Mas a realidade dura da nossa cidade, a empatia pelo próximo e o bom senso de cada cidadão não permitem que se transforme aquele lugar em ponto de um turismo sádico, com o duvidoso objetivo de fazer o turista ver ali, com a despreocupação de quem sai de férias pelo mundo, a tragédia e as necessidades diárias pelas quais passa um morador.

Imputar penas, querer sacrificar e punir um policial que cumpria com o seu dever, quando este mesmo policial é arbitrariamente escolhido a candidato à morte em momento tão crítico, é desonesto. É um discurso que só atende a interesses externos e não resolve a situação da cidade.

Pois qual seria a reação de cada cidadão fluminense e da imprensa nacional e estrangeira se, assim como o motorista da turista espanhola, o traficante Rogério 157 tivesse passado em alta velocidade e sem parar o carro em área na qual a identificação à polícia é obrigatória? Qual seria a reação da opinião pública se o traficante mais procurado da Rocinha tivesse fugido sob as barbas da fiscalização da polícia?