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Moro bloqueia contas de Dirceu e de sete investigados na 17ª fase da Lava Jato

Bloqueio pode chegar até a R$ 120 milhões

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O juiz federal Sérgio Moro acolheu o pedido do Ministério Público e da Polícia federal e determinou o bloqueio de valores nas contas de oito investigados na 17ª fase da Lava Jato no limite de até R$ 20 milhões – podendo chegar a um total de R$ 160 milhões bloqueados nesta fase da operação.

As contas são do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e outros sete investigados. O bloqueio é preventivo e não significa que o valor está depositado nas contas dos investigados.

A decisão também atinge as contas do irmão do ex-ministro, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva, e da empresa JD consultoria, que era controlada por Dirceu. Ambos foram presos na operação. A medida tem objetivo de garantir ressarcimento aos cofres públicos, no caso de eventual condenação.

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De acordo com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, Dirceu foi o criador e beneficiário do esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Lava Jato. Segundo os investigadores, Dirceu, na época em que era ministro da Casa Civil no governo Lula, nomeou Renato Duque para Diretoria de Serviços da estatal, quando foi iniciado o esquema de superfaturamento de contratos na estatal.

A defesa de Dirceu informou que irá se manifestar somente após ter acesso aos documentos que motivaram a prisão.  Antes de ser preso, a Justiça Federal rejeitou dois pedidos de habeas corpus preventivo do ex-ministro. Na ocasião, o advogado Roberto Podval, que representa Dirceu, afirmou que a eventual prisão de seu cliente  não se justificaria, pois ele está colaborando desde o momento em que passou a ser investigado na Lava Jato. A defesa alega que o ex-ministro é alvo de uma “sanha persecutória”.

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