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"Prisão de Cabral não afeta o PMDB", diz Romero Jucá, presidente do partido

"Seria injusto antecipar qualquer julgamento se a gente desconhece os motivos da prisão”

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O senador Romero Jucá, presidente do PMDB nacional, afirmou nesta quinta-feira (17) que o partido "não se afeta" com a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. “O partido não se afeta. Essa questão do Sérgio Cabral é algo restrito. É importante que se dê ao ex-governador Sérgio Cabral o direito de defesa, nós não vamos personalizar nem no partido, nem no Rio de Janeiro”, afirmou Jucá, acrescentando: “É importante que os fatos sejam investigados com profundidade, e a partir daí se tenha uma convicção e o julgamento na Justiça. Seria injusto antecipar qualquer julgamento se a gente desconhece os motivos da prisão.”

Sérgio Cabral, um dos principais nomes do PMDB, foi preso na Operação Calicute, na manhã desta quinta-feira. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o peemedebista recebia "mesadas" entre R$ 200 mil e R$ 500 mil de empreiteiras em troca de contratos.

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Romero Jucá afirmou ainda que “não há demérito” pelo fato de uma pessoa ser investigada e que o “demérito” é a pessoa ser condenada. “Questão política é. Toda investigação deve ser feita, se há alguma denúncia, se há alguma dúvida todos devem ser investigados”, concluiu.

O presidente do Senado, Renan Calheiros, também do PMDB, preferiu não comentar a prisão de Cabral porque, segundo ele, ainda não conhece a situação “com profundidade”.

Temer nomeia Romero Jucá como líder do governo no Congresso

Mensagem presidencial publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (17) indica o senador Romero Jucá (PMDB-RR) para exercer a função de líder do governo no Congresso Nacional. Ele vai substituir a senadora Rose de Freitas (PMDB-ES).

Romero Jucá, um dos principais articuladores do impeachment de Dilma Rousseff, foi ministro do governo de Michel Temer, mas precisou ser afastado após divulgação de conversas com Sérgio Machado.

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