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Sete em cada dez senadores e deputados federais que votaram pelo impeachment aparecem em delações

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A maior parte dos deputados federais e senadores citados na planilha de caixa 2 do diretor de Infraestrutura da Odebrecht, Benedicto Júnior, ou em inquéritos têm uma coisa em comum, votaram pelo "sim" no processo de impeachment contra Dilma Rousseff. A proporção é de sete em cada dez deles, de acordo com levantamento de reportagem do jornal O Globo

"Quanta honra o destino me reservou de poder, da minha voz, sair o grito de esperança de milhões de brasileiros. (...) Carrego comigo nossas histórias de luta pela liberdade e pela democracia. Por isso eu digo ao Brasil: sim para o futuro!", disse o deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE), durante o processo de impeachment. 

Araújo virou ministro das Cidades no governo de Michel Temer e apareceu nas planilhas de registro dos pagamentos ilegais da Odebrecht como “Jujuba”, beneficiário de contribuições não declaradas à Justiça Eleitoral, no total de R$ 600 mil.

"Estamos legitimados pelo povo brasileiro para dar um basta à roubalheira!", disse Onyx Lorenzoni (DEM-RS) na sessão do impeachment, por sua vez. O ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar relatou pagamento de R$ 175 mil em caixa 2 a Lorenzoni, na eleição de 2006.