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Ex-secretário de Transportes, Júlio Lopes acusa Cabral em caso de propina do Metrô

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Apontado nas delações da Odebrecht como beneficiário de propinas nas obras da Linha 4 do Metrô e do Arco Metropolitano, o ex-secretário estadual de Transportes, deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), afirmou, neste domingo (19), que as obras estavam sob a gestão da Casa Civil, e não com a pasta de Transportes.

Segundo Lopes, a gestão da Linha 4 só ficou sob administração da Secretaria de Transportes a partir de 23 de janeiro de 2015, e ele foi secretário de Sérgio Cabral entre 2007 e 2014.

"Sabíamos que nos usariam para justificar o valor (segundo o MPF, superfaturado) da obra da Linha 4. Ao cidadão comum, tem lógica a Secretaria Estadual de Transportes ser a responsável por uma obra de metrô. Deveria, mas não foi. A organização do Cabral jamais permitiu que qualquer um dos nossos atuasse na gestão e contato com Consórcio. A gestão da Linha 4 foi transferida para a Setrans, pelo então governador Pezão, apenas em 2015 com a obra já entregue. Nunca tivemos acesso aos trâmites e decisões sobre ações e custos", relatou Lopes.

À época, a Casa Civil estava sob o comando de Regis Fichtner, que, segundo informações, estaria negociando delação com o MPF. No episódio dos bondes de Santa Teresa, Júlio Lopes já havia poupado o secretário da Casa Civil, quando não quis entregar documentos que ele, como secretário, havia encaminhado ao governo, quando não teve nenhum tipo de resposta do governo sobre providências e recuperação do sistema de bondes.

Em nota divulgada neste domingo (19) em sua conta no Facebook, Júlio Lopes afirma que "sabíamos que nos usariam para justificar o valor (segundo o MPF, superfaturado". Com certeza, a nota do deputado foi redigida pelo advogado que deixou a sua causa. Não podemos acreditar que Lopes tenha feito a nota, quando ela admite que se sabia que haveriam acusações por parte do Ministério Público. Deputado, se o senhor ou o redator da nota sabiam que haveria acusação, então por que ficar calado por tanto tempo? Com certeza não foi o deputado quem redigiu a nota, mas o advogado.

Veja, na íntegra, a nota da assessoria de Júlio Lopes:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Amigos,

Foram divulgadas informações equivocadas na imprensa que nos deixaram abalados e tristes.

Mas quero que tenham conhecimento dos fatos reais e convicção na defesa.

Sabíamos que nos usariam para justificar o valor (segundo o MPF, superfaturado) da obra da Linha 4. Ao cidadão comum, tem lógica a Secretaria Estadual de Transportes ser a responsável por uma obra de metrô. Deveria, mas não foi. A organização do Cabral jamais permitiu que qualquer um dos nossos atuasse na gestão e contato com Consórcio. A gestão da Linha 4 foi transferida para a Setrans, pelo então governador Pezão, apenas em 2015 com a obra já entregue. Nunca tivemos acesso aos trâmites e decisões sobre ações e custos.

Não havia ingerência de Luiz Carlos Velloso, assim como da Secretaria Estadual de Transportes na Linha 4 do Metrô. O governador Sergio Cabral designou a Secretaria da Casa Civil para representar o Estado nesse projeto.

A gestão da Linha 4 do Metrô pela Casa Civil iniciou-se em 2009 perdurando até o dia 22 de janeiro de 2015, ocasião em que o atual governador Pezão transferiu a competência do gerenciamento da Linha 4 para a SETRANS (ato publicado no Diário Oficial de 23 de janeiro de 2015).

A título de exemplo, ressaltamos a contratação da Fundação Getulio Vargas pela Casa Civil para o reequilíbrio econômico financeiro do contrato de concessão da Linha 4, o que gerou os valores atualizados da obra e nova Equação Econômico Financeira, objeto de aditivo no contrato.

Coube à Casa Civil, a contratação do novo Projeto Básico de Engenharia, após decisão do ex-governador Sergio Cabral da alteração do traçado. Assim como todas as decisões estratégicas e os atos de gestão determinados pelo contrato 017/2013, de gerenciamento, fiscalização e supervisão das obras da Linha 4 com o Consórcio COMCREMAT/AUDAX/PLANSERVI.

Ao longo de toda a gestão da Linha 4, a Casa Civil atuava por intermédio de seus subsecretários de Projetos Especiais, como comprovam as atas das trinta e cinco reuniões onde eram determinados os custos e atos de gestão, sem que LUIZ CARLOS VELLOSO ou JULIO LOPES tenham participado de uma só delas.

Vamos passar por essa barra. Não merecemos isso. Estamos na fase do salve-se quem puder. Quem está delatando falará qualquer coisa pra se safar. Mas temos muito mais que uma falsa acusação para relembrar aos nossos seguidores e amigos quem somos e que história construímos até aqui.